Desportista Atento
Desportista atento a tudo o que se passa no desporto e que, por este meio, pretende intervir, sugerir, denunciar e sensibilizar todos os agentes desportivos, sejam eles Dirigentes, Clubes, Treinadores, Atletas e Jogadores, Adeptos, Imprensa e todas as Autoridades ligadas de forma directa ou indirecta ao fenómeno sócio-desportivo. A importância do desporto, em geral e do futebol em particular, nas sociedades modernas exige de todos os "agentes" atitudes em conformidade com essa importância.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Já não há pachorra, senhor Pinto da Costa
Mais uma
vez, o senhor Pinto da Costa (PC), com a acutilância que lhe é peculiar, veio criticar os
responsáveis pela Federação Portuguesa de Futebol e desta vez também incluiu o seleccionador
nacional Paulo Bento, pelo facto desta ter negociado a realização dum jogo
amigável no Gabão entre a selecção nacional daquele país e a portuguesa.
Argumentou que a escolha daquele jogo e naquela país, localizado no hemisfério
sul e logo com um clima de Verão, bem como a distância de Portugal, prejudicou os
jogadores e, consequentemente, os clubes que os cederam. Referia-se,
obviamente, ao seu clube, apesar deste
ter apenas cedido dois jogadores, enquanto que, por exemplo, o Sporting de Braga cedeu sete!
Como já o
tem feito, voltou a invocar que a FPF realiza muito dinheiro sem pagar um
tostão, isto é, serve-se dos jogadores dos clubes para fazer encaixes
financeiros e constituir depósitos a prazo nos bancos . O senhor PC queixa-se e
ataca a FPF, porque o seu “estatuto de papa do futebol português” lho permite, até porque sabe que poucos ousam
contestar as suas afirmações ou acusações. Mas não faz o mesmo com as
federações nacionais de outros países e às quais o FCP cede também jogadores.
Nesta semana, o seu clube cedeu cinco jogadores a selecções doutros países,
porque, infelizmente para a selecção portuguesa, o FCP tem muito poucos
jogadores portugueses no seu plantel principal. Outros clubes europeus terão
mais razões de queixa do que o FCP.
Mas mesmo
que o senhor PC tivesse moral para atacar a opção da FPF, é condenável que esta
tente fazer encaixes financeiros, se todas as outras federações o fazem também?
Afinal, quem financia a actividade duma extensa pirâmide que é o futebol nacional? São os clubes “grandes”,
maioritariamente compostos por jogadores estrangeiros? Reparou o senhor PC de
que a federação espanhola deslocou a sua
principal selecção ao Panamá, para fazer um jogo amigável também? E que a
Argentina fez o mesmo (com um jogador do SCP e outro do SLB na equipa)
deslocando-se à Arábia Saudita? E muitas outras selecções realizaram, neste
mesmo período e a meio da semana, jogos
amigáveis? É que a FPF não pode comprar
jogadores noutros países, como fazem os nossos “grandes” e também não podem
realizar brutais encaixes financeiros com as vendas, pelo que a FPF e
outras, têm que fazer um gestão
financeira que lhes permitam ser sustentáveis.
Coitadinhos
dos jogadores portugueses que são, mais fraquinhos do que os espanhóis, os argentinos,
etc. E o que dizer do papel ingrato do
seleccionador Paulo Bento que têm cada vez mais dificuldades em fazer uma boa selecção, por causa da “invasão” de
jogadores estrangeiros, porque tem sido essa a
opção dos dirigentes dos clubes portugueses, em vez de apostarem mais
nos nossos jovens. As equipas Bs, cujos efeitos positivos parece que já se
estão a fazer sentir, são projectos para continuar ou é mais fácil ir ao
estrangeiro comprar jogadores, pelo que o seu período de vida será curto?
Parece que
nem os problemas cardíacos de que padece o senhor PC, como eu e que lamento ao cidadão, lhe
refreiam as acutilantes e sempre “venenosas” críticas a todos aqueles que não
façam parte do seu universo de “yes men” . Já não há pachorra para ouvir esse
senhor, mas até a imprensa lhe abre alas e lhe agradece a suas sábias e
“autoritárias palavras”. Para mim basta, porque estou farto de ser “ofendido”
pelo senhor PC.
domingo, 17 de junho de 2012
No País da Bola, o resto é "paisagem"
Ciclista Rui Costa ganhou a
Suíça
O ciclista
português Rui Costa (Movistar) acaba de vencer a Volta à Suíça, em bicicleta,
depois de ter conseguido manter a curta vantagem de 14 segundos sobre o
luxemburguês Frank Schleck para a nona e última etapa. Ganhou a prova e
liderou-a durante vários dias. A volta à Suíça é uma prova da “segunda divisão”
do ciclismo internacional, mas isso não retira mérito ao ciclista português que
já no ano passado ganhou uma etapa do mítico “Tour de France”.
Porque
vivemos no “país da bola” e depois do Benfica, Sporting e Porto terem
abandonado o ciclismo, que alimentava o fervor clubistico em periodo de defeso
do futebol, este deixou de ter qualquer relevo na nossa imprensa, mesmo a desportiva, com a
excepção, que confrima a regra, da cobertura da Volta a Portugal e do “Tour de
France”, mas nesta a “cobertura”depender do que a televisão internacional
enviar para a portuguesa. A minha geração vibrou com os feitos heróicos de
Joaquim Agostinho e de muitos outros, mas o interesse pelo ciclismo foi-se
diluindo, com a “perda da clubite aguda”. É pena, porque é um desporto com as
suas virtudes e espectacularidade. Ainda o ano passado, vibrei, instalado no
meu sofá, com a heróica etapa da Serra da Estrela, num sobe e desce desde a
Covilhã, Penhas da Saúde, Penhas Douradas e Torre. De carro, que fiz
posteriormente, fica-se com a dimensão do esforço que os “herois do ciclismo”
fazem.
Igual
tratamento, pouco ou nenhum, é dado às restantes modalidades desportivas e
mesmo que os “media” argumentem interesses jornalísticos, entenda-se “matéria
que vende jornais e atrai sponsors”, não se compreende esse ostracismo, porque
os atletas e os adeptos mereciam que fosse dado mais relevo a essas
modalidades, algumas com maior sucesso internacional do que o nosso futebol. Ou
esquecem-se disso? Por outro lado, contribuiriam para uma maior formação
ecléctica dos portugueses, porque, infelizmente, a maioria só “vê” a bola e se
for do seu clube. Veja-se, por exemplo, a atitude dos adeptos da equipa da
República da Irlanda que apesar de estarem a perder por 4-0 com a Espanha, no
Euro2012, levaram todo o jogo em cânticos. Que rica lição que deram aos “alienados”
nacionalistas e clubistas portugueses e não só.
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