segunda-feira, 28 de março de 2011

A Federação Portuguesa de Futebol e a Selecção Nacional

A longa e triste "novela" sobre os Estatutos da FPF foi apenas mais uma vergonha recente , porque muitas são aquelas (tristes figuras e vergonhas - por exemplo a não reeleição do Dr Gilberto Madaíl para o cargo que ocupava na UEFA acaba por ser um "castigo" e um exemplo) que emanam do futebol federativo (FPF).
A forma com é gerida a principal selecção vai na mesma linha da mediocridade cujo "ponto baixo" mais recente ocorreu em torno do processo que envolveu o seleccionador Carlos Queiroz, surgido após o "desenterrar" do processo de controlo anti - doping e depois continuado na triste vergonha com o processo disciplinar  e respectivo castigo e a demissão do seleccionador. Foi agora "reavivado" com a ilibação pelo tribunal internacional do desporto.
Como consequência disso, os primeiros jogos de apuramento para o Euro2012 foram um desastre e  triste figura fizeram os jogadores.
Triste figura fez também o Dr Gilberto Madaíl  ao tentar, e pelo vistos ele ia cair na ingenuidade, de pedir que José Mourinho fosse o "salvador da pátria". Restou a contratação de Paulo Bento que foi atirado para a fogueira de toda aquela "máquina ferrugenta da FPF" e que se saiu bem.
Por causa e ou efeito, os jogos da selecção perderam todo o interesse, ainda mais se forem jogos particulares, como o mais recente com o Chile. Desde a escolha dos estádios (o estádio Municipal de Leiria tem assistências inferiores a mil espectadores, quando ali actua a UD de Leiria), passando pelo política dos bilhetes, do marketing em torno dos jogos e a (des) motivação dos jogadores, sem respeito pelos adeptos, ainda mais se forem pagantes. Esquecem-se aqueles responsáveis que os jogos de futebol são um "produto" que necessita ser vendido. Se for de má qualidade, o "consumidor" não gosta e desconfia que o próximo seja igual e não vai ver, nem na televisão.Vale à FPF a receita da RTP, mas os jogos da selecção num país onde impera a clubite, necessitam de outra envolvente, mas também de outra atitude dos jogadores e treinadores. Argumenta-se que é a descentralização, mas esta acaba por ser um "pau de dois bicos".
Fica-se com a ideia que a FPF é rica e que desbarata o "capital" que representam alguns dos melhores jogadores do mundo e que fazem parte da selecção portuguesa para angariar receitas que fossem investidas no futebol nacional, cada vez mais em processo de falência total. Por este andar, nem haverá adeptos e espectadores nem jogadores portugueses. Restarão a naturalizações de jogadores brasileiros e de outras nacionalidades para continuarmos a ter uma selecção competitiva?
Adepto não conta?