segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Taça de Portugal_Romantismo ou Realismo?

Decorreu  este fim de semana a terceira eliminatória da Taça de Portugal em Futebol.
Houve tombas gigantes ou será que esses clubes a que nos referimos como "gigantes" não são tão ou mais pequenos que os clubes que os eliminaram? Refiro-me aos  jogos  Mirandela vs Vitória de Setúbal e ao Alcochetense vs União de Leiria. Por exemplo, este último, que atravessa uma profunda crise de identidade (até passou a jogar na Marinha Grande) não consegui atrair mais do que trezentos espectadores a Alcochete!
Perante esta assistência (em Alcochete) pergunto se não é tempo do modelo competitivo da Taça de Portugal ser alterado, porque os tempos não estão para romantismos e que acabam por ter um preço muito alto? Gostaria de saber que prejuízo deu este jogo, mas muitos mais houve cuja receita não cobriu as despesas das duas equipas e da organização do jogo. É verdade que o patrocinador "paga" um valor alto, mas não seria melhor empregue esse dinheiro em vez de obrigar jogadores amadores a fazerem algumas centenas de quilómetros para fazerem um jogo sem qualquer interesses desportivo e competitivo?

Nas duas primeiras eliminatórias as discrepâncias das deslocações foram ainda maiores e sem qualquer interesse desportivo em dezenas de jogos.
Por isso, pede-se aos dirigentes do nosso futebol que repensem o modelo da taça, tendo em conta os interesses desportivos, mas sem esquecer os interesses económico-financeiros. Ou as instituições do futebol continuam a pugnar por um excessivo conservadorismo? Se nos escalões mais baixos, o futebol é um desporto (mas que tem custos que alguém tem que suportar) , nas ligas/equipas profissionais este é mais do que isso, isto é, é também uma actividade económica.
Em tempos de crise, o futebol fica de fora na tomada de medidas adequadas? Pode ter como consequências o agravamento da crise em que muitos clubes estão mergulhados e alguns até já "morreram". Exemplos? Todos os conhecem.
O que aqui se diz sobre a "taça", deve aplicar-se também às diversas divisões dos campeonatos nacionais e regionais.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Selecção Falhou. A Culpa é de Quem?

A selecção portuguesa falhou o apuramento directo para o EURO2012, após a derrota na Dinamarca. Tinha tudo a favor e até para dar uma alegria ao povo que precisa da bola para esquecer as agruras da vida actual
Alem disso, a exibição foi demasiado fraca, tal como já o tinha sido contra a Islândia, para uma equipa que está classificada no "top ten" do rankig da FIFA (aliás, nem sei como Portugal está nesse lugar). Essa para mim é um surpresa, porque a nossa equipa não "justifica" essa classificação.
Dizer que somos uma das melhores equipas do mundo só me faz rir. Temos 4 ou 5 jogadores de nível mundial e pouco mais. Viu-se nestes dois últimos jogos, dado que Fábio Coentrão, Pepe  e Ricardo Carvalho não têm substitutos à altura. E o que dizer dos pontas de lança, mesmo que Hugo Almeida não estivesse lesionado? Paulo Bento teve que convocar Nuno Gomes, que até me faz pena, face ao que representa essa necessidade de o convocar.
Por isso, as exibições e a classificação são o reflexo da política de contratações massivas de jogadores  estrangeiros para as nossas equipas. Assim, como se pode fazer e renovar uma boa selecção se os jogadores portugueses não têm espaço para crescer?
Por isso, se Portugal falhar o apuramento para Euro2012, a culpa terá que ser imputada aos dirigentes, principalmente dos clubes e dos treinadores dessas equipas que "preferem" jogadores estrangeiros.
E Paulo Bento também tem culpas? Algumas, porque peca por alguma teimosia e conservadorismo nas convocações.
Por exemplo, por que não convocou Liedson e Bosingwa, que é melhor do que João Pereira. E por que insistiu em Rolando, depois da má exibição dele contra a Islândia? Não havia outros centrais em melhor forma?
Obviamente que desejo, mais do que ninguém, que a nossa selecção ganhe, mas será que os nossos dirigentes não precisam duma lição e que seria o não apuramento para o Euro? Aí, lá se iam as viagens à conta da Federação, como aconteceu agora na ida à Dinamarca, bem como as receitas que depois dão para "fazer muitas flores".
Olhem para o futebol português e deixem-se de vaidades, porque os jogadores não são como os cogumelos. É preciso formá-los e dar-lhes oportunidades de crescimento, mas esse é um trabalho dos clubes, das associações e da Federação, cujo candidato a FPF (Fernando Gomes, tal como o Secretário de Estado do Desporto) presenciou aquele triste espectáculo na Dinamarca. Ou então, tratem de naturalizar mais alguns estrangeiros que aqui jogam, como fizeram com Deco, Pepe e Liedson.
Somos os maiores no mundo da bola?
Isso prova-se dentro do campo e com resultados.
Ronaldo e Nani, estes sim de classe mundial, não fazem uma (grande) equipa pois são precisos muitos mais de qualidade e onde estão eles?
A ver vamos o que vai acontecer no "play off".

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jesus é Vingativo?

O treinador do Benfica tem-me desiludido, eu que nem sou adepto do SLB.
Será que é "vingativo"? Vejamos:
a) não descansou enquanto não correu com quase todos os jogadores portugueses do Benfica; aqueles que não aceitaram, treinam à parte;
b) tal como no ano passado, também este ano "marginalizou" vários;
c) trava um braço de ferro com Rui Costa, por causa do jogador espanhol Cape de Villa que terá sido contratado  contra a sua vontade;
d) quis que o Benfica contratasse  o português Eliseu (foi o jogador que o disse há tempos), que agora veio à selecção e ter-se-à apressado a enviar-lhes as felicitações, depois do jogo contra a Islândia;
e) agora parece que vai castigar Ruben Amorim pelas afirmações que o jogador fez; eu concordo que os jogadores não devem criticar os elementos do clube, em público, mas JJ tem muitos telhados de vidro.
Lembram-se da contratação do guarda-rede Júlio César ao Belenenses e que foi uma exigência dele? Um "flop" a juntar a muitos mais, também exigências de JJ.
Um dia destes JJ vai ser corrido do "glorioso", porque já não há lugar no futebol para treinadores sem mais-valias para alem dos conhecimentos técnicos, mas ele ainda não entendeu isso, apesar de ter pedido a contratação do Professor Universitário Manuel Sérgio, um homem que eu muito admiro, para implementar um gabinete de apoio psicológico!.
Aprenda senhor JJ, porque nunca é tarde e a sua idade já não é a dos jogadores que comanda.
Já gora, um dia candidate-se a seleccionador nacional (já o disse) e, nessa altura, não terá jogadores portugueses para fazer equipa, porque o senhor, como muitos outros, é "inimigo" dos jogadores portugueses.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Jesus não gosta dos portugueses

Rúben Amorim: “Jesus acha que não devo jogar no Benfica, mas fico feliz por Paulo Bento pensar o contrário”

DR
Jogador do Benfica feliz por voltar à selecção














As equipas de futebol em Portugal (intencionalmente não digo portuguesas) estão repletas de jogadores estrangeiros, pelo que não há espaço para os portugueses, alguns deles de qualidade superior a muitos estrangeiros dessas equipas. Resta-lhe a emigração para campeonatos ou equipas de segunda.
Paradoxalmente, os treinadores são todos portugueses.
O treinador do Benfica Jorge Jesus não deve gostar dos portugueses, pois não descansou enquanto não correu com (quase) todos os jogadores portugues que estavam no plantel do Benfica, incluindo alguns que tinham sido contratados esta época.
No Sporting, os dirigentes e o treinador fizeram quase o mesmo e o FCP idem. Assim, os "grandes", mas não só, jogam praticamente sem jogadores portugueses.
Louva-se a coragem do desabafo de Ruben Amorim, surpreendentemente ou talvez não, convocado pelo Paulo Bento.
Com esta política, acaba por ser a selecção a sofrer as consequências, pelo que Paulo Bento estará com dificuldade em fazer uma equipa forte, face a tantas ausências (Hugo Almeida, Coentrão, Pepe, Ricardo Carvalho e agora Danny).
Os nossos dirigentes continuam a "viver à sombra" da classificação do ranking de Portugal (no top ten), mas esperem pelas consequências desta política e verão a queda. Se calhar é já no falhanço do apuramento para o EURO2012.
Proponho que se naturalizem portugueses os jogadores estrangeiros que actuam em Portugal, mas muitos deles já não poderão jogar pela nossa selecção. Azar o nosso.
Pede-se, pelo menos, que aos portugueses seja dada a mesma oportunidade que é concedida aos estrangeiros. Ou haverá outros interesses escondidos?






















































































































































sábado, 20 de agosto de 2011

Sub-20 : Selecção Coragem ou da Vergonha (Nacionalfutebolística)?

Não ganhámos, mas perder por 2-3 na final e contra a maior potência futebolistica do mundo, o Brasil, é um feito da nossa selecção de Sub-20. Jorge Jesus apressou-se a dizer, para desvalorizar esta selecção, que exceptuando 4 delas, as outras eram fraquinhas! 

Agora que acabou, os treinadores e os dirigentes dos nossos  "grandes" (e não só) deveriam ter vergonha deste éxito, pois a maioria destes jovens são renegados pelos clubes que os formaram, porque estes  preferem apostar nos estrangeiros de quem pouco ou nada conhecem e não nos jovens que conhecem os seus passos desde o inicio da prática futebolistica. É vergonhoso não lhes darem as mesmas oportunidades que dão aos jovens estrangeiros, alguns até mais jovens do que estes.
Agora que o Benfica praticamente não tem jogadores portugueses (parece que 3 desta selecção vão ficar no clube, por especial "favor" de Jorge Jesus, mas ficarão atrás dos estrangeiros que enchem o plantel) e o FCP e o SCP estão quase assim também, toda a imprensa fala no assunto, mas os dirigentes não vão mudar nada e os adeptos "estão-se nas tintas". Querem lá saber deste problema, sim porque é um problema que ultrapassa o nosso futebol, como actividade que também é desportiva.
O futebol português está entregue a "negociantes" e, como escrevia o editorial do jornal Público do dia 20:
"Os paradoxos do futebol português. ...e a ausência quase total de jogadores portugueses nas equipas do topo do campeonato, há algo que não bate certo. E que merece ser reflectido.......o que se constata é que jovens como estes que chegaram à final ficam condenados a palmilhar os escalões secundários ou têm que emigrar para a Roménia ou Chipre. Em muitos casos, não se percebe por que razão se gastam milhões a contratar jovens estrangeiros quando ao lado há profissionais nacionais com o mesmo ou mais talento. Talvez sejam os interesses dos dirigentes nas contratações a determinar este paradoxo; talvez subsista no futebol a crença de que um jovem estrangeiro é melhor do que um português. Seja como for, o que esta selecção está a mostrar é que a gestão profissional do futebol obedece a uma estratégia absurda que escapa ao senso comum."

Gostaria de citar aqui dois exemplos recentes: Sílvio e Fábio Coentrão.
O primeiro foi "escorraçado" do Benfica e desceu aos regionais. Lutou sozinho e está no Atlético de Madrid!
O segundo, depois de contratado pelo Benfica, foi "devolvido" ao Rio Ave, mas ao segundo ou terceiro ano, Jorge Jesus fez o "especial favor" de o deixar no plantel do Benfica. Experimentou-o  a defesa esquerdo e este ano rendeu 30 milhões na transferência para o Real Madrid. Se FC continuasse o "calvário", por onde andaria agora?

Muitos mais exemplos poderia citar.
É claro que os 40 milhões de Falcão vão enchendo os dirigentes de "razão", mas como dizia há tempos a D. Filomena Costa, parece que este tipo de negócios enche mais qualquer coisa.


E os treinadores, que até são todos portugueses, que responsabilidade têm nisto? E os treinadores e dirigentes ligados à formação nos clubes será que estão a trabalhar bem estes aspectos, isto é, preparando esses jovens para a "guerra" desigual que os espera no escalão sénior? 
Imaginem que igual situação se passava noutros sectores da nossa sociedade!
A globalização é uma faca de dois gumes, mas que haja, pelo menos, igualdade de oportunidades entre os jovens jogadores portugueses e de outras origens. Tendo até outros aspectos, será sempre preferível apostar nos portugueses, em vez de estrangeiros de valor semelhante.
Este assunto deve ser objecto dum debate de todos os interessados no fenómeno do futebol.

Por mim, sinto vergonha e já nem  me revejo no meu clube do coração.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Volta a Portugal em Bicicleta - Foi bonito de ver

Este ano, vi todos os dias o trabalho da RTP (N e 1) da volta a Portugal em bicicleta e gostei muito. Excelente trabalho sobre ciclismo e ainda melhor pelas imagens obtidas através do Helicóptero da RTP. Deu para ver, por cima, muitas das nossas belezas e que muitas delas eu conheço.
Obrigado a todos.
Gosto de ciclismo, herança que me vem ainda do tempo em que no pelotão corriam ciclistas do Sporting, do Benfica, do Porto, etc, cuja loucura clubistica "enchia" as estradas do nosso país durante a volta a Portugal, até porque nesse período o futebol estava no defeso.
Hoje, nada disso existe e, por isso, o ciclismo é um parente pobre do nosso desporto e a que só a televisão pode dar alguma exposição mediática, mas esta só se interessa pelo "Tour de France" e pela nossa Volta a Portugal. Mas admirei a entrega, a abnegação e capacidade de luta dos corredores portugueses e, porque não dizê-lo, a sua qualidade. Aquela etapa da subida à Torre foi um espectáculo lindo de ver.
Esta foi uma excelente volta a Portugal.
Parabéns aos ciclistas que deveriam servir de exemplo às "vedetas" futebolistas, na sua dedicação e capacidade de sacrifício, por vezes pagos (quando recebem) com pouco mais de algumas centenas de euros mensais.
E um facto curioso, os dez primeiros da classificação geral são portugueses!
Para mim, são todos heróis.
Gostei muito de ver também a humildade do vencedor (Ricardo Mestre) do Tavira e da ternura paternal que este exibiu, com a sua filha, de meses, ao colo no pódio. Parabéns também a outros ciclistas portugueses, com destaque para aquele que foi uma agradável surpresa de simpatia e desportivismo do pelotão - Sérgio Ribeiro, que ganhou a classificação dos pontos. Longe vão os tempos em que os ciclistas quase nem sabiam falar!
Viva o desporto.

sábado, 6 de agosto de 2011

Sporting - Paletes de Novos Jogadores Fazem uma Equipa?

É triste o espectáculo que o director desportivo do Sporting Carlos Freitas tem dado quase todos os dias , desde que há uns tempos para cá, quando anuncia mais um jogador e não sei quantos ainda para virem, porque, diz, até 31 de Agosto "há sempre lugar para mais um". Parece que está a comprar uma qualquer "mercadoria", tal a forma como o diz perante a imprensa. E , pelos vistos, está a comprar mesmo paletes de jogadores (já lá vão 14 !!!) e todos eles estrangeiros que foi descobrir não sei onde, com excepção de 3 que jogavam no nosso campeonato. Será que o Sporting tem um departamento que faz pesquisa e observação correcta e completa sobre esses jogadores, para aparecerem assim, num repente, em Alvalade? Afinal, para que serve a pré-época, se durante este largo período e com as provas oficiais a começar, estão sempre a "cair craques" em Alvalade?

Como não é ele que paga nem lhe pedirão responsabilidades pelos falhanços desses 14/15 jogadores, o homem acaba pro fazer um "figurão", mas a coisa começa a "ficar preta", porque os resultados, contra equipas mais fortes (Valência, Málaga e Udinese) foram uma desilusão.

Por outro lado, que responsabilidades e culpas tem o treinador Domingos Paciência nestas escolhas, ele que levou o Braga ao segundo lugar, há duas épocas e à final da liga Europa , na última, com um grupo de "jogadores de segunda"? Como pode ele fazer uma equipa se o que tem é um lote de jogadores com períodos de treino e entrosamento diferentes? Será esta a forma mais correcta de gerir activos (jogadores)?

A avaliar pelo que se vai vendo, a época que neste fim de semana se inicia pode ser mais uma desilusão e um "rombo" nas finanças do clube, porque este nada vendeu e muito comprou.

Haja esperança, porque ele renova-se em cada (início) de época, até que as desilusões deitem tudo a perder.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vergonha Nacional - O Benfica jogou sem jogadores portugueses!!!!

Eu, como português e que nem sequer sou benfiquista, acho uma vergonha o Benfica jogar sem jogadores portugueses, como o fez ontem contra a equipa turca. Se algumas figuras do SLB se manifestaram contra e invocaram os tempos em que o Benfica tinha orgulho em ter apenas jogadores com a nacionalidade portuguesa (era o tempo das ex-colónias donde vieram grande  jogadores), outros, assobiam para o lado, não vá o "diabo" barrar-lhes as entradas no estádio da Luz.
Na minha opinião, é uma ofensa a TODOS os trabalhadores portugueses e não apenas aos futebolistas nacionais.
Enquanto as empresas portugueses fazem campanha "Compre produtos portugueses", o futebol português resolveu este ano bater os recordes da indecência.
O FCP e Sporting está no mesmo caminho, mas o Benfica, como "o maior" que é, bateu-os aos dois. Poderíamos acrescentar o Nacional da Madeira, o Marítimo, etc, aqueles dois "subsidiados" com os nossos impostos?
A quem interessa esta originalidade?O que lucra o futebol português? Ilusão de vendas? E as compras que são autênticos flops/fiascos que faz com que a balança seja prejudicial?
Enquanto a UEFA e a FIFA, que ganham fortunas com o negócio do futebol, independentemente da nacionalidade dos jogadores das equipas, não se preocuparem com esta situação (que é comum noutros países), só os agentes (dirigentes, treinadores , sindicato, etc) podem "combater" e defender um certo "nacionalismo futebolístico" (sem chauvinismos). O que fariam os sindicatos, a CGTP e a UGT se outras profissões tivessem a mesma percentagem de trabalhadores estrangeiros? Fariam greves e manifestações, garantidamente e protestariam contra o Governo e a UE.

Eu, pessoalmente e apesar de "adorar futebol",  não me revejo nestas equipas e os golos e as vitórias não têm o mesmo sabor que teriam, se nas nossas equipas houvesse mais jogadores portugueses, estes escorraçados para o desemprego ou obrigados a emigrarem para clubes e campeonatos pobres. Deseja-se, urgentemente,  uma "revolução" neste futebol de ricos em país de pobretanas.

SM

segunda-feira, 11 de julho de 2011

No país da bola (Portugal)

Não há dúvidas de que Portugal é o "país da bola", e onde todas as restantes modalidades desportivas pouco interesse despertam, mesmo que estas obtenham êxitos internacionais.
Argumentam os "donos dos medias" que essas modalidades têm poucos adeptos e que, por isso, a cobertura que lhe dão estará em consonância com esse universo de adeptos.Terão meia razão, porque os portugueses "apenas" gostam da bola e desde que estejam envolvidos os "grandes", deduzindo-se, assim, que esse interesse é essencialmente alimentado pela clubite. Não será isto "causa e efeito"?
Veja-se o caso do ciclismo, outrora a modalidade rainha do "defeso futebolístico", em que este era mais longo e com outro calendário, mas porque na modalidade estavam o Sporting, Benfica e Porto. A partir do momento em que estes abandonaram a modalidade e as equipas passaram a ser "marcas", o interesses pelo ciclismo caiu a pique e hoje nada diz a milhões de portugueses.
Mesmo a volta a França perdeu interesse junto dos portugueses, depois do período de ouro do grande Joaquim Agostinho (beneficiando este, na popularidade no nosso país, pelo facto de estar ligado ao Sporting, clube pelo qual corria em Portugal).
Na sexta feira, o ciclista português Rui Costa ganhou uma etapa da volta à França, proeza pouco acessível a qualquer um ciclista do pelotão internacional, mas esta vitória não teve, por parte da imprensa portuguesa, generalista ou desportiva, o destaque que tal merecia. Ao invés, os jornais desportivos deram destaque ao futebol, mesmo que este ainda se encontre em treinos de pré-época e mesmo que essas equipas estejam carregadas de jogadores estrangeiros, porque os "donos do país da bola" entendem que deve merecer mais destaque.
Pobres de nós, onde a bola nos domina e é, cada vez menos portuguesa.

sábado, 9 de julho de 2011

Jogarão portugueses nos três clubes grandes?

Pelos vistos, o FCP terá uma "balanço", entre jogadores estrangeiros e portugueses, semelhante à época passada, isto é, poucos portugueses.
Mais preocupante é o que se passa no Benfica e no Sporting. Se este tinha o plantel mais português dos três, o Benfica estava no extremo, pois teve alguns minutos de jogos em que não tinha qualquer jogador português em campo. Na maioria das situações, jogava apenas com um.
O "meu" Sporting despediu muitos jogadores, dentre eles, vários portugueses, e contratou uma equipa (11/12, mas todos eles estrangeiros!. Assim, prevejo que perca a elevada "portugalidade" que apresentava em campo (ás vezes 9 jogadores portugueses) e não me surpreenderá que, nalguns momentos, não haja portugueses em campo com a camisola do Sporting Clube de Portugal na época que agora vai começar.

Com a saída de Fábio Coentrão, de Nuno Gomes e de Moreia, estes dois quase não jogavam, porque, pelos vistos Jesus não é português, o SLB ficará ainda menos português esta época do que na passada. Assim, não será novidade se nalguns (muitos)  jogos a equipa do SLB seja toda ela estrangeira!
Se fossemos um país rico e esses estrangeiros fossem de qualidade confirmada, mas não é isso que se passa, pelo que me entristece esta triste realidade. Será que os sócios e adeptos "gostam" disto?
O que fazer? Talvez que as equipas B, tudo indica que serão uma realidade na época de 2012/2013, possam alterar um pouco este cenário, se ali forem impostos limites aos estrangeiros. Se não, os clubes "portugueses" contratarão ainda mais jovens sul-americanos e ali os porão a jogar, "escorraçando" os jovens jogadores portugueses, muitos deles internacionais, mas aos quais os treinadores (portugueses!!!!) não dão as mesmas oportunidades que dão aos estrangeiros, muitas vezes para justificarem essas contratações!.
A falência dos "grandes", face ao seu elevado endividamento e que, por isso, os leve a alterar a sua política de contratações? Esta será difícil, porque no "terceiro mundo", incluindo-se a América Latina, ainda há muitos jovens que vêem no futebol uma porta para a ascensão social e aqui já não, "gordos e anafados" que os portugueses já estão.
Gostaria de lembrar aos mais distraídos que que Fábio Coentrão ficou, quase por favor, no Benfica e não foi, mais uma época, emprestado por exemplo, ao Rio Ave, onde era "pau para toda a obra" (avançado).
Sem falsos nacionalismos, gostaria que o nosso futebol fosse mais português em, por este anda, qualquer dia a nossa selecção virá por aí abaixo no "ranking" ou então teremos que começar a naturalizar os estrangeiros.
Assim não me revejo neste "nosso" futebol.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Estádio Universitário de Lisboa (EUL)

O EUL - Estádio Universitário de Lisboa foi, para mim e durante muitos anos, a minha segunda casa. Ali estudei, na esplanada; ali fiz desporto de laser; ali "cresceram" os meus filhos; ali descansei na esplanada, sob a copa dos pinheiros; etc, etc.
Antes do 25 de Abril, aquele era um recinto reservado apenas aos estudantes universitários, mas depois daquela data passou  a ser um "espaço do povo de Lisboa", favorecido não só pelos espaço, multi disciplinar para desporto, mas também pela envolvente verde, reforçado na sua centralidade, pois o acesso pode ser feito de autocarro,  metro, etc. Sendo vizinho de um dos maiores hospitais do país e mais tarde de hotéis,  das diversas faculdades instaladas na "Cidade Universitária, este espaço tornou-se ainda mais importante.
Muitas foram as transformações que ocorreram nestes mais de 30 anos, mas nalgumas das infra-estruturas nota-se alguma degradação, incluindo-se nesta o bar/restaurante que está semi "abandalhado" e fecha ao domingo e feriados, para alem de encerrar às 19 horas!
O EUL tem sido, nestes últimos dias, notícia na imprensa porque estará com problemas financeiros e , por esse facto, ameaça fechar as portas. Se tal acontecer,  não são só os atletas de competição, mas também os "amadores" e o público em geral, incluindo as crianças, porque ali o espaço é seguro para elas também.
Não sei qual é a "doença" do EUL, que creio tem autonomia financeira, mas seja qual for, este não pode "cair" e deve mesmo ser revitalizado, servindo os atletas e os lisboetas em geral. Ou será que o desporto, incluindo o de laser é um luxo? Bem pelo contrário, ainda mais com problemas gravíssimos na obesidade populacional e as terríveis consequências.
Está nas mãos dos milhares de "adeptos" do EUL fazer ouvir a sua voz de protesto, para que , sendo muitos e mais ainda mais do que os "manifestantes" que ontem, domingo dia 26, ali fizeram um "pic nic" de alerta, as autoridades oiçam a nossa voz.
Eu vou fazer o meu papel, porque o EUL representa muito da minha memória e pode representar ainda muito do meu presente e do meu futuro, apesar dos meus 61 anos. Desejo que volte a ser um local de eleição para fazer desporto, conviver, etc.
Força!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ricas Férias dos futebolistas profissionais

Excepto para três equipas da primeira liga (FC Porto, Braga e Guimarães), as férias de verão começarma ontem.
Se alguns jogadores portugueses ainda terão que dar o seu contributo á selecção A e Sub-23, nos jogos ainda por disputara esta época, os restantes já partiram de férias e muitos deles para os seus países na América latina.
O campeonato recomeça por volta do dia  13/14 de Agosto, pelo que vamos estar sem futebol durante quase três meses. Como vamos conseguir viver sem isso, principalmente das "guerrilhas" que alimentam ódios e bairrismos doentios?
É muito tempo e, obviamente, a tesouraria dos clubes profissionais ressente-se e de que maneira nesse longo defeso, com despesas e sem receitas.
Será que a Liga e os clubes não são capazes de encontrar uma solução que diminua esse longo período sem competição? Devem andar distraídos mas também  "inchados" com o feito histórico das duas equipas portuguesas (!!!!) finalistas da Liga Europa. Faz-me lembrar o naufrágio do Titanic, isto é, enquanto a banda toca, o barco vai-se afundando.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O orgulho do futebol "português". Não me revejo nele, tão estrangeirado está.

"Vocês são mesmo o nosso orgulho" - lê-se no jornal A Bola de hoje.
Sou "suspeito" porque sou adepto do Sporting, embora nestes confrontos internacionais sou SEMPRE português, mas sinceramente não sinto orgulho nenhum, por várias razões:
a) Um país (e os clubes - grandes e pequenos) em "bancarrota", está no top do futebol? É estranho e deve confundir os homens da "Troika" e os nossos parceiros europeus que olham para nós como o povo das praias, do sol, das "pontes", das greves e do futebol, agora que até já "batalhas campais", entre adeptos, nos proporciona, para enriquecimento do espectáculo futebolístico.
b) Orgulho em equipas largamente constituídas por imigrantes quando muitos dos nosso jovens jogadores são "expulsos" dos clubes que os formam (agora até a formação está cheia de jovens estrangeiros), só porque são...............portugueses?
Valha-nos, pelo menos, os dois treinadores jovens portugueses do FCP e do Braga que, apesar de tudo, sabem gerir estes imigrantes. Desejo a ambos que "ultrapassem" o José Mourinho e que "aprendam" com ele a não fazer o que ele vem fazendo. O homem começa a perder o capital que acumulou.

E na outra página do mesmo jornal:
"Portugal 1º. no "ranking" da UEFA, medíocre apenas só no número de jogadores portugueses, ie, 11 em 42 possíveis" , E ainda : "Pena, apenas mas é o sinal dos tempos, que FCP, Braga e SLB tenham apresentado somente nove jogadores de início num total de 33 e depois tenham entrado mais 2 num total de 42. Mesmo assim, parabéns ao futebol português".
De facto, esta classificação "uefeira" mostra que  somos mais "ricos" do que países como a Áustria, a Finlândia, a Suécia, a Dinamarca, etc que "coitadinhos" não conseguem fazer, no futebol, a figura "grandiosa" que nós estamos a fazer. Aprendam connosco, seus "vikings" e "bárbaros",  que vamos à América latina buscar carradas de jogadores de futebol, para fazermos figura nas provas da UEFA. Para que querem o vosso dinheiro?

O seleccionador Paulo Bento queixa-se que quase não tem jogadores portugueses para fazer uma boa selecção! Naturalizem-se "Hulk", Falcão, etc.
Orgulho sentiria eu se estivesse no lugar dos países citados atrás (apenas alguns como exemplo). Esses sim, devem ter orgulho em serem "pobres no futebol".
Viva o futebol "português" e em meados deste mês, lá vão milhares de "portugas" (armados em ricos e cheios de euros - ali a moeda é a mesma, mas cuidados com os preços das coisas) para Dublin, na república da Irlanda, também ela "pobre" como nós, incluindo o futebol, mas no qual somos "muito ricos".
Ao menos, o futebol ameniza as "dores" da crise em que estamos mergulhados e que ainda será pior. Finda esta época, na próxima a "esperança renova-se", principalmente para benfiquistas (feridos na asa) e sportinguistas (feridos na juba).
O futebol tudo tolera, incluindo os desmandos financeiros? Até quando?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Rui Patrício - Guarda Redes do Sporting

O guarda-redes do Sporting Rui Patrício fez uma grande exibição e foi graças a ele que o Sporting não saiu do Dragão com uma humilhante derrota.
Mas esta não foi a única, porque outras já ocorreram nestes últimos jogos, mas com menos visibilidade.
Não acredito que o Rui Patrício fique muito tempo no Sporting, pois os 20 milhões da clausula não devem ser obstáculo para o Manchester United. Só se for "batido" pelo jovem guarda redes do Atlético de Madrid que também se impôs muito cedo na equipa.
Estes dois jovens mostram aos "experts" que a idade conta num guirda redes mas não é tudo e dito de outro modo, há jovens que não "enganam" e se lhes derem as oportunidades, crescem e "batem a concorrência". Mas se no estrangeiro os treinadores não "olham para o BI", em Portugal sim, mas só se for português. É triste e o Rui Patricio sofreu muito com isso (muitos outros acabam por se perder), porque os "maus sportinguistas" não perdoam aos da "casa", mas aos outros sim.
Será que o adepto é estúpido? Em muitas situações, é-o.
Qualquer dia nem guarda redes temos para  a selecção nacional, mas o problema também existe noutros sectores duma equipa. Naturalizem o Falcão, o Hulk, etc, etc.

Ainda a mão de Rolando no Porto vs Sporting

Que interpretação teve o árbitro Soares Dias , internacional, para não marcara penalry sobre a mão do jogador do Porto?
Acidental? Mas se o foi, não beneficiou com a mão?
Se tem marcado a falta, o Sporting poderia ter empatado o jogo e, desse modo, ganhar o ponto na luta pelo terceira lugar. De somenos importância este ponto? No final do campeonato se dirá o que representou, porque a classificação de 3º, 4º ou 5º não é, financeiramente, indiferente.
O responsável para a comunicação do Sporting Dr Carlos Barbosa, veio dizer que o clube tem que passar a recorrer aos tribunais contra os árbitros que cometem erros por incompetência. Disse:
"Os árbitros têm que perceber que se não estão em condições de exercerem a sua profissão, vão para a pesca".
E acrescentou:
"Uma pessoa que deliberadamente faz erros por incompetência tem que ser castigado. Num negócio de milhões, não pode prejudicar seja quem for".
Concordo, mas substituiria "incompetência" por "intencionalmente", porque será crime ser incompetente? Nesse caso, o "crime" é cometido por quem o escolhe e/ou promoveu.
Mas os aárbitros, se calhar, são o elo mais fraco do "sistema" que está instalado no nosso futebol.
Imaginem que o Soares Dias tinha marcado o penalty. Acham que ganhava ou perdia com isso? Ousar "desafiar" o FCP na sua própria casa? Assim, prejudicou o mais fraco e pronto.
E a "falta cometida" sobre o Helton? Esta é para rir. E outras faltas que não marcou a favor do Sporting?
O FCP é um justo campeão, mas o "mérito" está só na qualidade?
Assim, o futebol português, doméstico, deve competir no campeonato da batota.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Contra factos, não há argumentos (os jogos Porto vs Sporting e Real Madrid vs Barcelona)

Contra factos,..............
1) Real Madrid vs Barcelona
Coitado do José Mourinho que se deve sentir impotente para vencer o Barcelona e vai ter que jogar contra eles mais três jogos! Não só não ganha como leva um "banho" de posse de bola gritante e enervante.
É que o Barcelona não é uma equipa de futebol, no sentido normal do termo. É antes um grupo de artistas de circo que se recriam a trocar a bola, mas como têm que marcar golos, vão "adormecendo" o "adversário" até que surjam os momentos oportunos para darem o golpe fatal. É enervante, pelo que eu já não tenho paciência para ver o Barcelona jogar. Assim não dá.....
Felizmente que são "únicos", porque se não a FIFA teria que alterar as regras do jogo, considerando-o "jogo passivo".
Não acredito que o Real Madrid consiga ganhar algum dos três jogos que vai fazer com o Barcelona, proximamente.
2) Futebol Clube do Porto vs Sporting
 O FCP está imparável e nem o facto de terem jogado na 5ª feira e uma deslocação á Rússia, lhes diminuiu as capacidades físicas, porque técnicas estão a "milhas" das do Sporting, onde só o Rui Patrício teria lugar naquela equipa do FCP.
O André Villas-Boas está também sedento de êxitos e nem poupou o plantel, tendo um jogo importante contra o Benfica na Luz esta 4ª feira.
Ingenuamente, pensei que aqueles dois factores permitiram ao Sporting "discutir" o resultado do jogo. Puro engano meu, porque eram os jogadores do Sporting que não tinham canetas para eles, para alem das diferenças de valor técnico e de "raça". Ai como o chicote funciona tão bem naquele clube!
Depois, bem depois, os árbitros "acagaçam-se", porque sabem que se fizerem algo que vá contra os interesses daqueles, arriscam-se a perderem muita coisa. Aquele penalty e a "falta" sobre o Helton (da qual se lesionou) são as mais evidentes, mas houve muitas mais. Gostaria que eles viessem mostrar, como fizeram há dias , os erros que prejudicaram o..............Sporting. E o senhor Vítor Pereira o que vai (irá) dizer?
Assim, alem do valor da equipa do FCP, há ainda mais coisas, com certeza.
Pobre do Sporting a quem todos perderam o respeito, até os "mija na escada".

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O éxito do futebol português. A verdade da mentira?

É inegável que as três equipas portuguesas Porto, Benfica e Braga, conseguiram um feito digno de registo futebolístico, às quais endosso os meus parabéns, (como sportinguista) mas pode dizer-se que foi um êxito do "futebol português"? É essa é a verdade da mentira.
Foi-o de três equipas constituídas largamente por jogadores estrangeiros (latino-americanos) e isso é motivo de orgulho, num país falido?  Eu não me revejo nisso, sem falsos chauvinismos.
Graça a este "êxito", hoje não há crise em Portugal e nem se fala no FMI, porque o povo está "bêbado" com os feitos dos clubes portugueses, mas depois do dia 18 de Maio (data da final?) acabará por passar-lhes e, então, cairão na dura realidade deste país, onde mesmo no futebol (abaixo do 5º/6º) é um deserto).
Neste momento, alemães, holandeses e finlandeses (três dos povos que recusam ajudar Portugal na resolução da crise financeira) devem estar "intrigados" por verem que um país em "bancarrota" consegue colocar três equipas nas meias finais de uma prova da UEFA (a Espanha - outro país latino,  tem 3, restando das oito uma inglesa e uma alemã). Dirão: que raio de país é aquele onde o futebol, mesmo que "importando jogadores", precisa deste "antídoto" e esquece a crise económico financeira?
Para alem dos jogadores, este sera´um êxito dos dirigentes que internamente fazem "guerras vergonhosas e violentas". Deveria ter juízo, mas eles lá sabem quanto a manipulação de massas serve os seus interesses.
Dos treinadores, os três portugueses? A esses só os critico porque nada fazem em defesa dos jogadores portugueses. É uma facto que estão pressionados à obtenção de resultados imediatos e, por isso,  acabam por ceder aos interesses dos empresários e dirigentes, privilegiando os estrangeiros, em detrimento dos portugueses. De qualquer modo a esses se devem o êxito, mas de qualquer modo, este , com excepção do FCP, deve-se a contingências dos jogos (a bola que bate na trave e não entra, etc). Veja-se a "felicidade" do  primeiro golo do Benfica contra o PSV, para não citar outras contingências. E do Braga que jogou sessenta minutos com dez jogadores?
Para mim, os grandes obreiros são, assim, os treinadores que provam que são tão bons como os melhores, se lhes derem oportunidades e, acima de tudo, a mesma paciência que os adeptos têm para com os estrangeiros e os deixem trabalhar. No estrangeiro, estes são olhados como treinadores do "terceiro mundo" e, por isso, andam por equipas de países de "segunda divisão ou menos", com excepção de Mourinho.
Os oportunistas, aqueles que se colam após os êxitos (Secretário de Estado do Desporto Laurentino Dias, Gilberto Madail, etc) já apareceram a colher os louros. Deveriam ter vergonha.
A propósito, sabem que há clubes da primeira liga com salários em atraso? Esta é a mentira do futebol português, em simultâneo com  a vergonha em torno dos estatutos da FPF.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O Sporting difundiu na comunicação social que o treino seria aberto a sócios e simpatizantes

Ou foi falha na comunicação social ou "vistas curtas" de quem decidiu que o treino de hoje, dia 8 de Abril à tarde, seria aberto também a simpatizantes.
A ideia seria boa, porque se os clubes não "semearem", não colherão sócios e adeptos. Com o numero de sócios e adeptos em queda no Sporting, se nada se fizer para inverter essa "queda", daqui a alguns anos o Sporting será como "Os Belenenses".
Pois bem, muitos simpatizantes, como eu, deslocaram-se hoje, sexta feira à tarde,  ao Alvalade XXI, mas não puderam entrar. Fiquei profundamente triste, nem tanto por mim, mas sim pelos muitos jovens e algumas crianças que não puderam ver o treino. Como terá ficado, por exemplo, um menino, talvez de 4 anos, e equipado  a rigor com o lindo equipamento do Sporting que não pôde entrar? Obviamente que a mãe, ainda jovem, lá "protestou" na bilheteira, mas nada serviu. Segundo ouvi, a criança até é sócia do Sporting, mas a mãe não o era, pelo que tiveram que se ir embora. Mas havia muitas mais crianças e jovens que tiveram a mesma sorte.
Assim, não vale e ainda mais porque alguém terá chamado o piquete da PSP (SIR) numa atitude provocatória. Para quê, se não havia o menor indício de ameaçar a entrada? Triste jornada de propaganda para as várias dezenas que não puderam entrar. Será que eles vão "voltar" para o Sporting? Li depois que o responsável pela propaganda do clube , o Dr. Carlos Barbosa, estava no estádio, mas a ordem não foi alterada.
Assim, a queda do número de adeptos e de sócios será eminente  e  esquecem-se os dirigentes que o clubismo tem que ser alimentado, sob pena de morrer, se nada for feito. Ou se alimenta de vitórias e títulos ganhos ou então, façam-se acções de captação junto dos jovens e crianças, antes que seja tarde.
Com adepto, tenho vindo a ponderar em voltar a fazer-me sócio, mas assim..........

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Que estranho futebol português!

A violência, física (ataques a pessoas e bens) e verbal, domina o futebol português e, no meio  disto tudo, ninguém é responsabilizado pelos seus actos e palavras) E acaba por ser “O Zé Povinho” que, com os seus impostos, é obrigado a pagar uma parte significativa das despesas com a segurança dos “artistas” ( quanto custou aquele aparato bélico da GNR, incluindo um guarda em cada viaduto da A1,  desde o Porto até Lisboa, segurança em redor do hotel e depois no regresso ao regresso Porto).
Um espectáculo que deveria ser uma festa, cada vez mais perigosa diga-se, as força de segurança ainda têm que controlar os adeptos/claques quais “feras” que, “acoitadas” na cobertura dos grupos, ousam desafiar tudo e todos, incluindo a lei e as forças de segurança, parecendo touros enraivecidos que deixam um rasto de terror e destruição por onde passam ou aonde vão intencionalmente destruir/vandalizar. Para aqueles “herois corajosos”, eu diria que faz falta a ida para a frente de combate duma guerra justa (se alguma o é).
Neste estranho futebol português e que até “faz boa figura” desportiva nas provas da UEFA, alguém reparou que dos vinte e oito jogadores que participaram neste e noutros jogos apenas cinco (!) tinham a nacionalidade portuguesa e que essa situação é dominante nas equipas “portuguesas” de futebol? Durante vários dias (antes  e depois do jogo), alguém falou na crise económica e financeira dos portugueses (muitos deles adeptos  e desempregados), dos muitos clubes e muitas empresas, bem como  do próprio Estado?
O futebol tudo cobre e suporta, mas, acima de tudo, está instalada uma crise de valores, comportamentos e autoridade e cuja responsabilidade por estes comportamentos não deve ser imputada à crise, como os políticos muito bem gostam de desculpar-se. Será que esta sociedade, que se diz desenvolvida, ao futebol tudo permite, mas que vem para a rua fazer manifestações e greves reivindicativas ao Estado, perdão, aos contribuintes, que somos nós? Basta, porque “o futebol é apenas a coisa mais importante das coisas menos importantes”. Que este seja uma festa, mas economicamente sustentável – e sem pedinchices ou incumprimentos fiscais e contratuais, como vive há muitos anos e em constante chantagem sobre o Estado – como as demais actividades da área do lazer - mas que não seja um factor de desunião entre pessoas, por vezes da mesma família, para não citar de cidades diferentes deste pequeno país, cujo tamanho representa uma qualquer região de muitos outros países. Regiões em Portugal? Talvez este exemplo do futebol nos mostre de que ela, se avançasse, seria um problema e não uma solução. As "guerras" extravasariam o âmbito do futebol. "Vade retro Satanás."

segunda-feira, 28 de março de 2011

A Federação Portuguesa de Futebol e a Selecção Nacional

A longa e triste "novela" sobre os Estatutos da FPF foi apenas mais uma vergonha recente , porque muitas são aquelas (tristes figuras e vergonhas - por exemplo a não reeleição do Dr Gilberto Madaíl para o cargo que ocupava na UEFA acaba por ser um "castigo" e um exemplo) que emanam do futebol federativo (FPF).
A forma com é gerida a principal selecção vai na mesma linha da mediocridade cujo "ponto baixo" mais recente ocorreu em torno do processo que envolveu o seleccionador Carlos Queiroz, surgido após o "desenterrar" do processo de controlo anti - doping e depois continuado na triste vergonha com o processo disciplinar  e respectivo castigo e a demissão do seleccionador. Foi agora "reavivado" com a ilibação pelo tribunal internacional do desporto.
Como consequência disso, os primeiros jogos de apuramento para o Euro2012 foram um desastre e  triste figura fizeram os jogadores.
Triste figura fez também o Dr Gilberto Madaíl  ao tentar, e pelo vistos ele ia cair na ingenuidade, de pedir que José Mourinho fosse o "salvador da pátria". Restou a contratação de Paulo Bento que foi atirado para a fogueira de toda aquela "máquina ferrugenta da FPF" e que se saiu bem.
Por causa e ou efeito, os jogos da selecção perderam todo o interesse, ainda mais se forem jogos particulares, como o mais recente com o Chile. Desde a escolha dos estádios (o estádio Municipal de Leiria tem assistências inferiores a mil espectadores, quando ali actua a UD de Leiria), passando pelo política dos bilhetes, do marketing em torno dos jogos e a (des) motivação dos jogadores, sem respeito pelos adeptos, ainda mais se forem pagantes. Esquecem-se aqueles responsáveis que os jogos de futebol são um "produto" que necessita ser vendido. Se for de má qualidade, o "consumidor" não gosta e desconfia que o próximo seja igual e não vai ver, nem na televisão.Vale à FPF a receita da RTP, mas os jogos da selecção num país onde impera a clubite, necessitam de outra envolvente, mas também de outra atitude dos jogadores e treinadores. Argumenta-se que é a descentralização, mas esta acaba por ser um "pau de dois bicos".
Fica-se com a ideia que a FPF é rica e que desbarata o "capital" que representam alguns dos melhores jogadores do mundo e que fazem parte da selecção portuguesa para angariar receitas que fossem investidas no futebol nacional, cada vez mais em processo de falência total. Por este andar, nem haverá adeptos e espectadores nem jogadores portugueses. Restarão a naturalizações de jogadores brasileiros e de outras nacionalidades para continuarmos a ter uma selecção competitiva?
Adepto não conta?