segunda-feira, 4 de abril de 2011

Que estranho futebol português!

A violência, física (ataques a pessoas e bens) e verbal, domina o futebol português e, no meio  disto tudo, ninguém é responsabilizado pelos seus actos e palavras) E acaba por ser “O Zé Povinho” que, com os seus impostos, é obrigado a pagar uma parte significativa das despesas com a segurança dos “artistas” ( quanto custou aquele aparato bélico da GNR, incluindo um guarda em cada viaduto da A1,  desde o Porto até Lisboa, segurança em redor do hotel e depois no regresso ao regresso Porto).
Um espectáculo que deveria ser uma festa, cada vez mais perigosa diga-se, as força de segurança ainda têm que controlar os adeptos/claques quais “feras” que, “acoitadas” na cobertura dos grupos, ousam desafiar tudo e todos, incluindo a lei e as forças de segurança, parecendo touros enraivecidos que deixam um rasto de terror e destruição por onde passam ou aonde vão intencionalmente destruir/vandalizar. Para aqueles “herois corajosos”, eu diria que faz falta a ida para a frente de combate duma guerra justa (se alguma o é).
Neste estranho futebol português e que até “faz boa figura” desportiva nas provas da UEFA, alguém reparou que dos vinte e oito jogadores que participaram neste e noutros jogos apenas cinco (!) tinham a nacionalidade portuguesa e que essa situação é dominante nas equipas “portuguesas” de futebol? Durante vários dias (antes  e depois do jogo), alguém falou na crise económica e financeira dos portugueses (muitos deles adeptos  e desempregados), dos muitos clubes e muitas empresas, bem como  do próprio Estado?
O futebol tudo cobre e suporta, mas, acima de tudo, está instalada uma crise de valores, comportamentos e autoridade e cuja responsabilidade por estes comportamentos não deve ser imputada à crise, como os políticos muito bem gostam de desculpar-se. Será que esta sociedade, que se diz desenvolvida, ao futebol tudo permite, mas que vem para a rua fazer manifestações e greves reivindicativas ao Estado, perdão, aos contribuintes, que somos nós? Basta, porque “o futebol é apenas a coisa mais importante das coisas menos importantes”. Que este seja uma festa, mas economicamente sustentável – e sem pedinchices ou incumprimentos fiscais e contratuais, como vive há muitos anos e em constante chantagem sobre o Estado – como as demais actividades da área do lazer - mas que não seja um factor de desunião entre pessoas, por vezes da mesma família, para não citar de cidades diferentes deste pequeno país, cujo tamanho representa uma qualquer região de muitos outros países. Regiões em Portugal? Talvez este exemplo do futebol nos mostre de que ela, se avançasse, seria um problema e não uma solução. As "guerras" extravasariam o âmbito do futebol. "Vade retro Satanás."

1 comentário:

  1. Cenas tristes de uma geração a quem lhes foi dada oportunidade de estudar para serem "gente" mas que afinal os está a tornar "touros de lide" cuja visão se limita exclusivamente às cores do futebol, num período de crise instalada...
    Lamentável

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