segunda-feira, 11 de julho de 2011

No país da bola (Portugal)

Não há dúvidas de que Portugal é o "país da bola", e onde todas as restantes modalidades desportivas pouco interesse despertam, mesmo que estas obtenham êxitos internacionais.
Argumentam os "donos dos medias" que essas modalidades têm poucos adeptos e que, por isso, a cobertura que lhe dão estará em consonância com esse universo de adeptos.Terão meia razão, porque os portugueses "apenas" gostam da bola e desde que estejam envolvidos os "grandes", deduzindo-se, assim, que esse interesse é essencialmente alimentado pela clubite. Não será isto "causa e efeito"?
Veja-se o caso do ciclismo, outrora a modalidade rainha do "defeso futebolístico", em que este era mais longo e com outro calendário, mas porque na modalidade estavam o Sporting, Benfica e Porto. A partir do momento em que estes abandonaram a modalidade e as equipas passaram a ser "marcas", o interesses pelo ciclismo caiu a pique e hoje nada diz a milhões de portugueses.
Mesmo a volta a França perdeu interesse junto dos portugueses, depois do período de ouro do grande Joaquim Agostinho (beneficiando este, na popularidade no nosso país, pelo facto de estar ligado ao Sporting, clube pelo qual corria em Portugal).
Na sexta feira, o ciclista português Rui Costa ganhou uma etapa da volta à França, proeza pouco acessível a qualquer um ciclista do pelotão internacional, mas esta vitória não teve, por parte da imprensa portuguesa, generalista ou desportiva, o destaque que tal merecia. Ao invés, os jornais desportivos deram destaque ao futebol, mesmo que este ainda se encontre em treinos de pré-época e mesmo que essas equipas estejam carregadas de jogadores estrangeiros, porque os "donos do país da bola" entendem que deve merecer mais destaque.
Pobres de nós, onde a bola nos domina e é, cada vez menos portuguesa.

sábado, 9 de julho de 2011

Jogarão portugueses nos três clubes grandes?

Pelos vistos, o FCP terá uma "balanço", entre jogadores estrangeiros e portugueses, semelhante à época passada, isto é, poucos portugueses.
Mais preocupante é o que se passa no Benfica e no Sporting. Se este tinha o plantel mais português dos três, o Benfica estava no extremo, pois teve alguns minutos de jogos em que não tinha qualquer jogador português em campo. Na maioria das situações, jogava apenas com um.
O "meu" Sporting despediu muitos jogadores, dentre eles, vários portugueses, e contratou uma equipa (11/12, mas todos eles estrangeiros!. Assim, prevejo que perca a elevada "portugalidade" que apresentava em campo (ás vezes 9 jogadores portugueses) e não me surpreenderá que, nalguns momentos, não haja portugueses em campo com a camisola do Sporting Clube de Portugal na época que agora vai começar.

Com a saída de Fábio Coentrão, de Nuno Gomes e de Moreia, estes dois quase não jogavam, porque, pelos vistos Jesus não é português, o SLB ficará ainda menos português esta época do que na passada. Assim, não será novidade se nalguns (muitos)  jogos a equipa do SLB seja toda ela estrangeira!
Se fossemos um país rico e esses estrangeiros fossem de qualidade confirmada, mas não é isso que se passa, pelo que me entristece esta triste realidade. Será que os sócios e adeptos "gostam" disto?
O que fazer? Talvez que as equipas B, tudo indica que serão uma realidade na época de 2012/2013, possam alterar um pouco este cenário, se ali forem impostos limites aos estrangeiros. Se não, os clubes "portugueses" contratarão ainda mais jovens sul-americanos e ali os porão a jogar, "escorraçando" os jovens jogadores portugueses, muitos deles internacionais, mas aos quais os treinadores (portugueses!!!!) não dão as mesmas oportunidades que dão aos estrangeiros, muitas vezes para justificarem essas contratações!.
A falência dos "grandes", face ao seu elevado endividamento e que, por isso, os leve a alterar a sua política de contratações? Esta será difícil, porque no "terceiro mundo", incluindo-se a América Latina, ainda há muitos jovens que vêem no futebol uma porta para a ascensão social e aqui já não, "gordos e anafados" que os portugueses já estão.
Gostaria de lembrar aos mais distraídos que que Fábio Coentrão ficou, quase por favor, no Benfica e não foi, mais uma época, emprestado por exemplo, ao Rio Ave, onde era "pau para toda a obra" (avançado).
Sem falsos nacionalismos, gostaria que o nosso futebol fosse mais português em, por este anda, qualquer dia a nossa selecção virá por aí abaixo no "ranking" ou então teremos que começar a naturalizar os estrangeiros.
Assim não me revejo neste "nosso" futebol.