Não há dúvidas de que Portugal é o "país da bola", e onde todas as restantes modalidades desportivas pouco interesse despertam, mesmo que estas obtenham êxitos internacionais.
Argumentam os "donos dos medias" que essas modalidades têm poucos adeptos e que, por isso, a cobertura que lhe dão estará em consonância com esse universo de adeptos.Terão meia razão, porque os portugueses "apenas" gostam da bola e desde que estejam envolvidos os "grandes", deduzindo-se, assim, que esse interesse é essencialmente alimentado pela clubite. Não será isto "causa e efeito"?
Veja-se o caso do ciclismo, outrora a modalidade rainha do "defeso futebolístico", em que este era mais longo e com outro calendário, mas porque na modalidade estavam o Sporting, Benfica e Porto. A partir do momento em que estes abandonaram a modalidade e as equipas passaram a ser "marcas", o interesses pelo ciclismo caiu a pique e hoje nada diz a milhões de portugueses.
Mesmo a volta a França perdeu interesse junto dos portugueses, depois do período de ouro do grande Joaquim Agostinho (beneficiando este, na popularidade no nosso país, pelo facto de estar ligado ao Sporting, clube pelo qual corria em Portugal).
Na sexta feira, o ciclista português Rui Costa ganhou uma etapa da volta à França, proeza pouco acessível a qualquer um ciclista do pelotão internacional, mas esta vitória não teve, por parte da imprensa portuguesa, generalista ou desportiva, o destaque que tal merecia. Ao invés, os jornais desportivos deram destaque ao futebol, mesmo que este ainda se encontre em treinos de pré-época e mesmo que essas equipas estejam carregadas de jogadores estrangeiros, porque os "donos do país da bola" entendem que deve merecer mais destaque.
Pobres de nós, onde a bola nos domina e é, cada vez menos portuguesa.
Desportista atento a tudo o que se passa no desporto e que, por este meio, pretende intervir, sugerir, denunciar e sensibilizar todos os agentes desportivos, sejam eles Dirigentes, Clubes, Treinadores, Atletas e Jogadores, Adeptos, Imprensa e todas as Autoridades ligadas de forma directa ou indirecta ao fenómeno sócio-desportivo. A importância do desporto, em geral e do futebol em particular, nas sociedades modernas exige de todos os "agentes" atitudes em conformidade com essa importância.
Bola ... exportamos do melhor e importamos do pior ... gostos não se discutem não é??
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