segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Taça de Portugal_Romantismo ou Realismo?

Decorreu  este fim de semana a terceira eliminatória da Taça de Portugal em Futebol.
Houve tombas gigantes ou será que esses clubes a que nos referimos como "gigantes" não são tão ou mais pequenos que os clubes que os eliminaram? Refiro-me aos  jogos  Mirandela vs Vitória de Setúbal e ao Alcochetense vs União de Leiria. Por exemplo, este último, que atravessa uma profunda crise de identidade (até passou a jogar na Marinha Grande) não consegui atrair mais do que trezentos espectadores a Alcochete!
Perante esta assistência (em Alcochete) pergunto se não é tempo do modelo competitivo da Taça de Portugal ser alterado, porque os tempos não estão para romantismos e que acabam por ter um preço muito alto? Gostaria de saber que prejuízo deu este jogo, mas muitos mais houve cuja receita não cobriu as despesas das duas equipas e da organização do jogo. É verdade que o patrocinador "paga" um valor alto, mas não seria melhor empregue esse dinheiro em vez de obrigar jogadores amadores a fazerem algumas centenas de quilómetros para fazerem um jogo sem qualquer interesses desportivo e competitivo?

Nas duas primeiras eliminatórias as discrepâncias das deslocações foram ainda maiores e sem qualquer interesse desportivo em dezenas de jogos.
Por isso, pede-se aos dirigentes do nosso futebol que repensem o modelo da taça, tendo em conta os interesses desportivos, mas sem esquecer os interesses económico-financeiros. Ou as instituições do futebol continuam a pugnar por um excessivo conservadorismo? Se nos escalões mais baixos, o futebol é um desporto (mas que tem custos que alguém tem que suportar) , nas ligas/equipas profissionais este é mais do que isso, isto é, é também uma actividade económica.
Em tempos de crise, o futebol fica de fora na tomada de medidas adequadas? Pode ter como consequências o agravamento da crise em que muitos clubes estão mergulhados e alguns até já "morreram". Exemplos? Todos os conhecem.
O que aqui se diz sobre a "taça", deve aplicar-se também às diversas divisões dos campeonatos nacionais e regionais.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Selecção Falhou. A Culpa é de Quem?

A selecção portuguesa falhou o apuramento directo para o EURO2012, após a derrota na Dinamarca. Tinha tudo a favor e até para dar uma alegria ao povo que precisa da bola para esquecer as agruras da vida actual
Alem disso, a exibição foi demasiado fraca, tal como já o tinha sido contra a Islândia, para uma equipa que está classificada no "top ten" do rankig da FIFA (aliás, nem sei como Portugal está nesse lugar). Essa para mim é um surpresa, porque a nossa equipa não "justifica" essa classificação.
Dizer que somos uma das melhores equipas do mundo só me faz rir. Temos 4 ou 5 jogadores de nível mundial e pouco mais. Viu-se nestes dois últimos jogos, dado que Fábio Coentrão, Pepe  e Ricardo Carvalho não têm substitutos à altura. E o que dizer dos pontas de lança, mesmo que Hugo Almeida não estivesse lesionado? Paulo Bento teve que convocar Nuno Gomes, que até me faz pena, face ao que representa essa necessidade de o convocar.
Por isso, as exibições e a classificação são o reflexo da política de contratações massivas de jogadores  estrangeiros para as nossas equipas. Assim, como se pode fazer e renovar uma boa selecção se os jogadores portugueses não têm espaço para crescer?
Por isso, se Portugal falhar o apuramento para Euro2012, a culpa terá que ser imputada aos dirigentes, principalmente dos clubes e dos treinadores dessas equipas que "preferem" jogadores estrangeiros.
E Paulo Bento também tem culpas? Algumas, porque peca por alguma teimosia e conservadorismo nas convocações.
Por exemplo, por que não convocou Liedson e Bosingwa, que é melhor do que João Pereira. E por que insistiu em Rolando, depois da má exibição dele contra a Islândia? Não havia outros centrais em melhor forma?
Obviamente que desejo, mais do que ninguém, que a nossa selecção ganhe, mas será que os nossos dirigentes não precisam duma lição e que seria o não apuramento para o Euro? Aí, lá se iam as viagens à conta da Federação, como aconteceu agora na ida à Dinamarca, bem como as receitas que depois dão para "fazer muitas flores".
Olhem para o futebol português e deixem-se de vaidades, porque os jogadores não são como os cogumelos. É preciso formá-los e dar-lhes oportunidades de crescimento, mas esse é um trabalho dos clubes, das associações e da Federação, cujo candidato a FPF (Fernando Gomes, tal como o Secretário de Estado do Desporto) presenciou aquele triste espectáculo na Dinamarca. Ou então, tratem de naturalizar mais alguns estrangeiros que aqui jogam, como fizeram com Deco, Pepe e Liedson.
Somos os maiores no mundo da bola?
Isso prova-se dentro do campo e com resultados.
Ronaldo e Nani, estes sim de classe mundial, não fazem uma (grande) equipa pois são precisos muitos mais de qualidade e onde estão eles?
A ver vamos o que vai acontecer no "play off".

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Jesus é Vingativo?

O treinador do Benfica tem-me desiludido, eu que nem sou adepto do SLB.
Será que é "vingativo"? Vejamos:
a) não descansou enquanto não correu com quase todos os jogadores portugueses do Benfica; aqueles que não aceitaram, treinam à parte;
b) tal como no ano passado, também este ano "marginalizou" vários;
c) trava um braço de ferro com Rui Costa, por causa do jogador espanhol Cape de Villa que terá sido contratado  contra a sua vontade;
d) quis que o Benfica contratasse  o português Eliseu (foi o jogador que o disse há tempos), que agora veio à selecção e ter-se-à apressado a enviar-lhes as felicitações, depois do jogo contra a Islândia;
e) agora parece que vai castigar Ruben Amorim pelas afirmações que o jogador fez; eu concordo que os jogadores não devem criticar os elementos do clube, em público, mas JJ tem muitos telhados de vidro.
Lembram-se da contratação do guarda-rede Júlio César ao Belenenses e que foi uma exigência dele? Um "flop" a juntar a muitos mais, também exigências de JJ.
Um dia destes JJ vai ser corrido do "glorioso", porque já não há lugar no futebol para treinadores sem mais-valias para alem dos conhecimentos técnicos, mas ele ainda não entendeu isso, apesar de ter pedido a contratação do Professor Universitário Manuel Sérgio, um homem que eu muito admiro, para implementar um gabinete de apoio psicológico!.
Aprenda senhor JJ, porque nunca é tarde e a sua idade já não é a dos jogadores que comanda.
Já gora, um dia candidate-se a seleccionador nacional (já o disse) e, nessa altura, não terá jogadores portugueses para fazer equipa, porque o senhor, como muitos outros, é "inimigo" dos jogadores portugueses.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Jesus não gosta dos portugueses

Rúben Amorim: “Jesus acha que não devo jogar no Benfica, mas fico feliz por Paulo Bento pensar o contrário”

DR
Jogador do Benfica feliz por voltar à selecção














As equipas de futebol em Portugal (intencionalmente não digo portuguesas) estão repletas de jogadores estrangeiros, pelo que não há espaço para os portugueses, alguns deles de qualidade superior a muitos estrangeiros dessas equipas. Resta-lhe a emigração para campeonatos ou equipas de segunda.
Paradoxalmente, os treinadores são todos portugueses.
O treinador do Benfica Jorge Jesus não deve gostar dos portugueses, pois não descansou enquanto não correu com (quase) todos os jogadores portugues que estavam no plantel do Benfica, incluindo alguns que tinham sido contratados esta época.
No Sporting, os dirigentes e o treinador fizeram quase o mesmo e o FCP idem. Assim, os "grandes", mas não só, jogam praticamente sem jogadores portugueses.
Louva-se a coragem do desabafo de Ruben Amorim, surpreendentemente ou talvez não, convocado pelo Paulo Bento.
Com esta política, acaba por ser a selecção a sofrer as consequências, pelo que Paulo Bento estará com dificuldade em fazer uma equipa forte, face a tantas ausências (Hugo Almeida, Coentrão, Pepe, Ricardo Carvalho e agora Danny).
Os nossos dirigentes continuam a "viver à sombra" da classificação do ranking de Portugal (no top ten), mas esperem pelas consequências desta política e verão a queda. Se calhar é já no falhanço do apuramento para o EURO2012.
Proponho que se naturalizem portugueses os jogadores estrangeiros que actuam em Portugal, mas muitos deles já não poderão jogar pela nossa selecção. Azar o nosso.
Pede-se, pelo menos, que aos portugueses seja dada a mesma oportunidade que é concedida aos estrangeiros. Ou haverá outros interesses escondidos?