Decorreu este fim de semana a terceira eliminatória da Taça de Portugal em Futebol.
Houve tombas gigantes ou será que esses clubes a que nos referimos como "gigantes" não são tão ou mais pequenos que os clubes que os eliminaram? Refiro-me aos jogos Mirandela vs Vitória de Setúbal e ao Alcochetense vs União de Leiria. Por exemplo, este último, que atravessa uma profunda crise de identidade (até passou a jogar na Marinha Grande) não consegui atrair mais do que trezentos espectadores a Alcochete!
Perante esta assistência (em Alcochete) pergunto se não é tempo do modelo competitivo da Taça de Portugal ser alterado, porque os tempos não estão para romantismos e que acabam por ter um preço muito alto? Gostaria de saber que prejuízo deu este jogo, mas muitos mais houve cuja receita não cobriu as despesas das duas equipas e da organização do jogo. É verdade que o patrocinador "paga" um valor alto, mas não seria melhor empregue esse dinheiro em vez de obrigar jogadores amadores a fazerem algumas centenas de quilómetros para fazerem um jogo sem qualquer interesses desportivo e competitivo?
Nas duas primeiras eliminatórias as discrepâncias das deslocações foram ainda maiores e sem qualquer interesse desportivo em dezenas de jogos.
Por isso, pede-se aos dirigentes do nosso futebol que repensem o modelo da taça, tendo em conta os interesses desportivos, mas sem esquecer os interesses económico-financeiros. Ou as instituições do futebol continuam a pugnar por um excessivo conservadorismo? Se nos escalões mais baixos, o futebol é um desporto (mas que tem custos que alguém tem que suportar) , nas ligas/equipas profissionais este é mais do que isso, isto é, é também uma actividade económica.
Em tempos de crise, o futebol fica de fora na tomada de medidas adequadas? Pode ter como consequências o agravamento da crise em que muitos clubes estão mergulhados e alguns até já "morreram". Exemplos? Todos os conhecem.
O que aqui se diz sobre a "taça", deve aplicar-se também às diversas divisões dos campeonatos nacionais e regionais.
Desportista atento a tudo o que se passa no desporto e que, por este meio, pretende intervir, sugerir, denunciar e sensibilizar todos os agentes desportivos, sejam eles Dirigentes, Clubes, Treinadores, Atletas e Jogadores, Adeptos, Imprensa e todas as Autoridades ligadas de forma directa ou indirecta ao fenómeno sócio-desportivo. A importância do desporto, em geral e do futebol em particular, nas sociedades modernas exige de todos os "agentes" atitudes em conformidade com essa importância.
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